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A Geopolítica da Turquia de Erdoğan: entre o Ocidente e o Oriente

Publicado: Terça, 29 de Novembro de 2022, 01h01 | Última atualização em Terça, 29 de Novembro de 2022, 11h40 | Acessos: 3847

 

Lohanna Rodrigues Reis
Bacharel em Relações Internacionais pela UFRJ. Redatora no periódico
Atlas Report - Análise Geopolítica e Pós-Graduanda em Digital Business na USP.

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1. Introdução

Num olhar geopolítico, pode-se dizer que a Turquia possui uma importância estratégica distinta, quando comparada a outros países ao longo da história. Isso se deve, principalmente, à sua privilegiada localização geográfica, pois grande parte do seu território está situado em uma região conhecida como Anatólia[1], onde tem acesso a importantes mares e vias navegáveis.

Sua localização central entre os três continentes: Ásia, Europa e África, que se convergem através do mar Mediterrâneo, faz com que o país também desempenhe um importante papel na distribuição de energia oriundas do Oriente Médio e da Rússia para a Europa, da mesma forma que o país se posiciona como um elo de ligação entre os países ocidentais e os países islâmicos, pois é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Figura 1 - Estreitos de Bósforo e Dardanelos

geopolitica turquia ocidente oriente fig1

Fonte: REDAÇÃO FORÇAS DE DEFESA, 2022.

Ademais, a importância geopolítica da Turquia deriva de diversos fatores, como por exemplo: a estabilização da região do mar Negro; o controle do estreito de Bósforo e do estreito de Dardanelos; suas atribuições enquanto país membro da OTAN; ser uma ponte energética entre os ricos recursos naturais da bacia do Cáspio e da Ásia Central e o mundo ocidental (TEMIZER, 2022).

Em vista disso, este artigo intenciona demonstrar a política independente adotada o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan sob uma perspectiva realista clássica, contemporânea e não-ocidental. Para tal, será analisada a política externa da república da Turquia e seu posicionamento internacional enquanto ator independente e não exclusivamente como membro da OTAN; em seguida será analisada a guerra russo-ucraniana e suas consequências sociopolíticas para os países dessa região; por fim, com base no atual modelo de política externa que Erdoğan tem trilhado na Turquia, será realizada uma breve análise das possíveis tendências para o país no cenário internacional.

 

2. A Política Independente da Turquia - entre a OTAN e a Rússia

Desde o início da guerra russo-ucraniana, o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan tem balanceado sua política no que ele chama de "abordagem equilibrada" entre Moscou e Kiev, postura que possibilitou a Turquia de se tornar um ator fundamental durante o conflito, não só regionalmente, mas globalmente (AL JAZEERA, 2022). Não pelo acaso, a citada guerra ressaltou a importância estratégica da Turquia no tabuleiro geopolítico global, haja vista o controle que o país exerce junto ao estreito de Bósforo e do estreito de Dardanelos.

Com o objetivo de evitar uma crise alimentar global, Erdoğan aproveitou-se da localização estratégica da Turquia e intermediou o acordo de grãos, assinado por Moscou e Kiev em meio a guerra. Segundo Ulgen (2022), diretor da EDAM[2], a capacidade de reunir os Ministros das Relações Exteriores russos e ucranianos e mediar um acordo para tirar os grãos ucranianos e russos do mar Negro valida a abordagem equilibrada da Turquia em relação aos dois países. Ulgen (2022) também afirma que a Turquia tem sido pró-Ucrânia sem ser anti-Rússia e que as autoridades turcas também estão cientes da linha tênue que existe entre não implementar sanções e de proporcionar a percepção global de que o país ajuda a Rússia.

Entretanto, a OTAN não está satisfeita com esse posicionamento. Para Ivo Daalder, ex-embaixador dos Estados Unidos da América junto à OTAN, Erdoğan descobriu uma maneira de jogar o seu jogo, mas está fazendo isso às custas de uma aliança que é a chave para sua própria segurança. Daalder (2022) afirmou também que o presidente turco está mantendo todas as suas opções abertas e que essa é a tendência dos países que pensam apenas em seu próprio interesse, postura diferente da proposta da OTAN, que é pensar e atuar em prol do coletivo.

Devido a isso, os países ocidentais estão ficando alarmados com o aprofundamento dos laços entre Erdoğan e Vladimir Putin, postura que eleva o nível de tensão entre os países da OTAN, pois aumenta a possibilidade de haver uma retaliação punitiva contra um de seus membros. Tal possibilidade está ancorada no questionamento feito por alguns países da OTAN sobre a postura da Turquia junto à Rússia em meio ao conflito, uma vez que a aliança está se esforçando para colocar em prática as sanções impostas à Rússia (RFI, 2022). A Turquia, que não é membro da União Europeia, se recusou a aplicar sanções ocidentais contra a Rússia e está criando alternativas para trabalhar com os bancos russos sancionados de outra forma. Outro exemplo é o gás russo, que flui sem impedimento através do gasoduto TurkStream. Como se não bastasse, há também relatos de que a Rússia esteja buscando ajuda turca para fornecer “subsistemas” para suas armas, que não podem ser obtidos diretamente junto aos países ocidentais (RFI, 2022).

Segundo Daalder (2022), os benefícios que Erdoğan têm colhido junto à Rússia incluem infusões de dinheiro no banco central da Turquia, energia barata russa, um grande mercado de exportação, turismo russo renovado e, crucialmente, a aparente adesão russa aos esforços turcos para impedir o separatismo curdo na Síria, onde a Rússia apóia o governo sírio de Bashar al-Assad.

Já a OTAN, por vezes se questiona se estaria melhor sem a Turquia, devido às obstruções do país contra alguns dos projetos da aliança, como por exemplo o breve veto da entrada da Suécia e da Finlândia. O preço para a retirada do veto foi a extradição de dezenas de pessoas pertencentes à organização política armada e separatista curda denominada de Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e de pessoas pertencentes ao movimento Fetö, liderado pelo clérigo Fethullah Gülen, que foi acusado de orquestrar a tentativa de golpe de 2016 contra o governo do então presidente turco Recep Tayyip Erdoğan (EURONEWS, 2022).

Portanto, apesar da insatisfação de alguns membros da OTAN com a participação da Turquia na aliança, bem como suas condições para permitir a adesão dos nórdicos, não há como ignorar a importância do país no tabuleiro geopolítico global. Os turcos têm uma longa participação na aliança, já que aderiram à OTAN em 1952, logo depois de se alinharem com o Ocidente durante a Guerra Fria. A Turquia dá à aliança uma posição estratégica crucial na interseção da Europa e da Ásia, abrangendo tanto o Oriente Médio quanto o mar Negro. Na esfera militar, o país exerce grande importância, pois é sede de uma base aérea dos Estados Unidos da América e também abriga armas nucleares norte-americanas (NTI, 2021). Como se não bastasse, a Marinha turca é suficientemente forte para fazer valer os interesses turcos em seu mar territorial, particularmente junto ao estreito de Bósforo e ao estreito de Dardanelos, força que ficou evidenciada no episódio em que impediu os navios russos de entrarem para o mar Negro através do estreito de Bósforo e do estreito de Dardanelos (REDAÇÃO FORÇAS DE DEFESA, 2022).

 

3. A Guerra na Ucrânia e as consequências no tabuleiro geopolítico da Ásia Central

Uma das consequências geopolíticas ocasionadas pela guerra russo-ucraniana foi o afastamento da Rússia com os países da Ásia Central. Tal afastamento se deve ao fato de que muitos países da região se viram nas mesmas condições da Ucrânia e que, a qualquer momento, poderiam sofrer uma invasão russa em seus respectivos territórios, sob a justificativa de que, em algum momento ao longo da história, aquele território pertenceu ao Império de Moscou (THE ECONOMIST, 2022).

Diante desse momento geopolítico instável, o presidente da Turquia - Erdoğan, tem atuado de forma silenciosa e tem se valido das circunstâncias para aumentar a influência turca na Ásia Central. Para tanto, Erdoğan busca fortalecer o Pan-Turquismo entre os países da região. Segundo Landau (1995), o Pan-Turquismo é uma ideologia nacionalista que surgiu no século XIX junto aos povos de língua turca e que visa a união de todos os povos turcomanos, ou seja, povos de língua turca. Estes povos incluem sociedades como os cazaques, uzbeques, quirguizes, uigures, azeris, turcomenos e turcos modernos.

Como exemplo da influência do Pan-Turquismo na geopolítica turca, em 2016, o então Presidente do escritório internacional do Partido dos Trabalhadores da Turquia (AKP), Yunus Soner, declarou que a Turquia teria planos para se afastar da OTAN, tanto por falta de confiança nas potências ocidentais, quanto por visar a unidade dos povos turcomanos. Soner (2016) declarou que antes de cancelar o tratado, as bases dos EUA na Turquia deveriam ser fechadas e a base industrial de defesa da Turquia deveria ser reorientada para a China ou para a Rússia, uma vez que estava conectada à indústria de defesa da OTAN. O ex-Presidente do AKP disse ainda que a OTAN intenciona dividir a Turquia e isso força o governo turco e todas as forças patrióticas turcas a questionarem o papel da aliança. Portanto, pode-se notar que os interesses da OTAN dificilmente irão se sobrepor aos interesses nacionais da Turquia e os países da região estão cientes disso.

Figura 2 - Povos de língua turca

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Fonte: WIKIPEDIA, 2020.

Para Gostev (2022), a Turquia tem o potencial de explorar o conflito na Ucrânia para aumentar seu soft power regional, pois acredita-se que quanto mais conflito houver no espaço pós-soviético, mais influência turca poderá ocorrer nessa região e que essa assertiva não se aplica apenas à guerra que está sendo travada entre russos e ucranianos, mas a todo e qualquer conflito que porventura vier a eclodir no espaço pós-soviético ou na região do Cáucaso. Um exemplo disso foi o conflito motivado pela disputa do território de Nagorno-Karabakh. Nesse conflito, foi observado o apoio da Turquia ao Azerbaijão para o esforço de guerra. Não por acaso, o Cazaquistão, o Quirguistão, o Uzbequistão e a Hungria também declararam seu apoio político ao Azerbaijão, todos alinhados com a Turquia.

Outra ideologia política que encontra bastante aceitação na Turquia e nos países da Ásia Central é o Neo-Otomanismo. De acordo com Yavuz (2016), o Neo-Otomanismo se caracteriza por ser um movimento etno-religioso, diferente do Pan-Turquismo que é de natureza etno-racial. Em suma, o Neo-Otomanismo é uma ideologia que se baseia no passado otomano da Turquia para promover maior engajamento político da Turquia nas regiões que um dia pertenceram ao Império Turco (YAVUZ, 2016).

No Neo-Otomanismo, apesar da existência de diferentes etnias nessas regiões, a uniformidade religiosa é suficientemente forte o bastante para promover a unificação política desses locais. Apesar de ser rejeitado pelo governo atual, uma vez que entende que o Estado é laico, o Neo-Otomanismo chegou a ser associado à política externa intervencionista da Turquia no Mediterrâneo Oriental, no Chipre, na Grécia, no Iraque, na Síria, na África, na Líbia e em Nagorno-Karabakh. 

Figura 3 - Territórios sob controle do Império Otomano

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Fonte: GEOPOLITIKA.RU, 2017

Diante dessas considerações, tudo leva a crer que a OTAN não parece ter interesse nos reais objetivos da Turquia, visto suas incessantes tentativas de direcionar a política externa turca, na direção oposta de suas metas, todas sem sucesso. A falta de entendimento sobre essas duas ideologias (Pan-Turquismo e Neo-Otomanismo), pode ocasionar um afastamento da Turquia perante à OTAN. Ou seja, o entendimento do Pan-Turquismo e do Neo-Otomanismo, são essenciais para compreender a política externa turca e como o país se movimenta no tabuleiro geopolítico regional e global.

 

4. Considerações Finais

Em uma coletiva de imprensa com seu homólogo sérvio Aleksandar Vucic, Erdoğan afirmou que não acredita que a atitude do ocidente esteja correta, porque essa seria uma política baseada em provocações (Al JAZEERA, 2022). Por essa razão, Erdoğan defendeu que a política externa turca, pautada pelo equilíbrio entre a Ucrânia e a Rússia, será mantida nos próximos anos, pois atendem as necessidades dos turcos. 

A Turquia não só deixou de se unir ao regime de sanções ocidentais contra a Rússia, como assinou recentemente um novo acordo de cooperação econômica com Moscou, visando melhorar a economia turca que apresenta uma trajetória de declínio nos últimos anos. Sendo assim, as chances de reeleição de Erdoğan podem aumentar em 2023, quando o país terá novas eleições presidenciais.

De fato, a Turquia foi contra a invasão na Ucrânia, posicionamento que ficou explicitamente evidenciado no episódio em que impediu os navios russos entrassem no mar Negro através de seus estreitos e quando vendeu armas para Kiev (AL ARABIYA, 2022). Entretanto, Erdoğan parece ter três preocupações: 1) informar ao ocidente que ele pode fazer negócios com Putin; 2) informar que as taxas de câmbio sejam temporariamente aliviadas com o dinheiro vindo da Rússia; e 3) e alinhar-se à Rússia para uma possível incursão na Síria contra os curdos.

Cabe salientar que a OTAN não está satisfeita com o posicionamento de Erdoğan, principalmente após as sanções impostas à Rússia e não acatadas pela Turquia. Entretanto, a aliança demonstra precisar mais da Turquia do que o contrário, não os oferecendo muitas opções no momento, senão aceitar as exigências de Erdoğan e suas atitudes não alinhadas com as potências ocidentais, o que tem resultado em seu afastamento gradual da aliança, mas que ao mesmo tempo tem aumentado seu poder regional. Todavia, para o ocidente, a habilidade de Erdoğan de lidar com Putin não foi de todo ruim, o país manteve seus laços diplomáticos próximos com Moscou e está servindo como principal mediador entre Rússia e Ucrânia para garantir as entregas de grãos e possíveis conversas de paz

 

[1] Também conhecida como Ásia Menor, Anatólia é uma península que constitui a parte asiática da Turquia, sendo delimitada pelo mar Negro ao norte e pelo mar Mediterrâneo ao sul (COLLON; LLOYD, 2022).

[2] Centro para Estudos Econômicos e Política Externa, sediado em Istambul, na Turquia (EDAM, 2022).

  

 

 Referências Bibliográficas: 

  1. AL ARABIYA. Turkey grows cautious over selling weapons to Ukraine. Al Arabiya, 2022. Disponível em: https://english.alarabiya.net/News/world/2022/06/21/Turkey-grow s-cautious-over-selling-weapons-to-Ukraine-Report. Acesso em: 22 de novembro de 2022.

  2. AL JAZEERA. Erdogan decries Western policy towards Russia. Al Jazeera 2022. Disponível em: https://www.aljazeera.com/news/2022/9/7/erdogan-says-western-nations-using-provocations-against-russia. Acesso em: 22 de novembro de 2022.

  3. COLLON, Dominique P. M.; LLOYD, Seton H. F. Anatolia from the end of the Hittite Empire to the Achaemenian Period. Britannica, 2022. Disponível em: https://www.brit annica.com/place/Anatolia/The-Middle-Kingdom. Acesso em: 22 de novembro de 2022.

  4. DAALDER, Ivo. Turkey: Difficult to live with, nearly impossible to live without. Político, 2022. Disponível em: https://www.politico.eu/article/turkey-difficult-ally-west-r ecep-erdogan-russia-vladimir-putin/. Acesso em: 22 de novembro de 2022.

  5. EDAM. About Us. EDAM, 2022. Disponível em: https://edam.org.tr/en/about-us/. Acesso em: 22 de novembro de 2022.

  6. EURONEWS. Turkey demands Sweden and Finland extradite 'terrorists' after NATO deal. Euronews 2022. Disponível em: https://www.euronews.com/2022/06/29/tur key-demands-sweden-and-finland-extradite-terrorists-after-nato-deal. Acesso em: 25 de outubro de 2022.

  7. GEOPOLITIK.RU. The Global Blueprint for Neo-Ottomanism: Soft Power - Part 1. Geopolitik.RU, 2017. Disponível em: https://www.geopolitika.ru/en/article/global-bluepr int-neo-ottomanism-soft-power-part-i. Acesso em: 22 de novembro de 2022.

  8. GOSTEV, Alexander. Erdogan's games with Ukraine, Russia and the war. What does Turkey want? Atlas of Peace, 2022. Disponível em: ​​https://www.svoboda.org/a/ig ry-erdogana-s-ukrainoi-rossiei-i-voinoi-chego-hochet-turcia/31815185.html. Acesso em: 25 de outubro de 2022.

  9. LANDAU, Jacob M. Pan-Turkism: From Irredentism to Cooperation. Bloomington: Indiana University Press, 1995.

  10. NUCLEAR THREAT INITIATIVE. Turkey Overview. Nuclear Threat Initiative 2021. Disponível em: https://www.nti.org/analysis/articles/turkey-overview/. Acesso em: 22 de novembro de 2022.

  11. RADIO FRANCE INTERNATIONALE. Turkey's ambiguous application of United Nations' sanctions on Russia. Radio France Internationale 2022. Disponível em: https:// www.rfi.fr/en/podcasts/international-report/20220404-turkey-s-ambiguous-application-of -united-nations-sanctions-on-russia. Acesso em: 22 de novembro de 2022.

  12. REDAÇÃO FORÇAS DE DEFESA. Turquia fecha estreito de Bósforo e Dardanelos a navios de guerra. Poder Naval, 2022. Disponível em: https://www.naval.com.br/blog/20 22/03/01/turquia-fecha-estreito-de-bosforo-e-dardanelos-a-navios-de-guerra/. Acesso em: 22 de novembro de 2022.

  13. SONER, Yunus. It’s on eurasian countries to help turkey leave NATO. Geopolitica.RU, 2016. Disponível em: ​​https://www.geopolitika.ru/en/arti cle/its-eurasian-countries-help-turkey-leave-nato. Acesso em: 25 de outubro de 2022.

  14. TEMIZER, Murat. Türkiye has a role in Azerbaijani gas reaching Europe. Anadolu Agency, 2022. Disponível em: ​​https://www.aa.com.tr/en/economy/turkiye-has-role-in-az erbaijani-gas-reaching-europe/2641585#. Acesso em: 21 de novembro de 2022.

  15. THE ECONOMIST. Central Asian countries are subtly distancing themselves from Russia. The Economist, 2022. Disponível em: https://www.economist.com/asia/2022/10/ 20/central-asian-countries-are-subtly-distancing-themselves-from-russia. Acesso em: 25 de outubro de 2022.

  16. ULGEN, Sinan. Turkey’s president wishes to maintain friendly ties with Russia and Ukraine. EDAM, 2022. Disponível em: https://edam.org.tr/en/turkeys-president-wishes-t o-maintain-friendly-ties-with-russia-and-ukraine/. Acesso em: 22 de novembro de 2022.

  17. YAVUZ. M. Hakan. Social and Intellectual Origins of Neo-Ottomanism: Searching for a Post-National Vision. Die Welt des Islams, Vol. 53, nº 3, p. 438-465, 2016. Disponível em: file:///C:/Users/Funcional.E2018122/Downloads/SocialandIntellectualOri ginsofNeo-Ottomanism.pdf. Acesso em: 21 de novembro de 2022.

  18. WIKIPEDIA. File: TurkicMapAccurate.png. Wikipedia, 2019. Disponível em: https://e n.wikipedia.org/wiki/File:TurkicMapAccurate.png. Acesso em: 21 de novembro de 2022.

 

Rio de Janeiro - RJ, 29 de novembro de 2022.


Como citar este documento:
Reis, Lohanna Rodrigues. A Geopolítica da Turquia de Erdoğan: entre o Ocidente e o Oriente. Observatório Militar da Praia Vermelha. ECEME: Rio de Janeiro. 2022.  

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