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Geopolítica e Guerra na Ucrânia: algumas considerações

Publicado: Quarta, 20 de Abril de 2022, 02h01 | Última atualização em Quarta, 20 de Abril de 2022, 11h40 | Acessos: 3460

 

Hélio Caetano Farias

Prof Dr Adj do PPGCM

 

John Mearsheimer em uma famosa palestra1 na Universidade de Chicago, em 04 de junho de 2015, foi categórico ao afirmar que Vladimir Putin pensava em termos geopolíticos ao tomar a decisão de anexar a Criméia, em 2014, desencadeando, desde então, uma crise e um impasse prolongado com a Ucrânia e, em um plano mais amplo, com os países da OTAN, especialmente os EUA. À época, Mearsheimer argumentava que a Rússia fundamentava suas ações em uma política de poder, tão cara às próprias potências do ocidente, e assegurava, com base em sua visão Realista, que caso a OTAN e os EUA não se atentassem às considerações geopolíticas poderiam acelerar uma crise de grandes proporções. Pois bem, sete anos depois, a Ucrânia foi invadida pela Rússia, dando início a uma guerra que trará consequências profundas aos países envolvidos, à Europa e à própria ordem internacional.

Foi também em 2015 que Wanderley Messias da Costa afirmava que o reerguimento da Rússia poderia ser explicado a partir de alguns fundamentos do pensamento geopolítico clássico. Sua conclusão fazia um alerta à comunidade que trata dos assuntos de defesa ao relembrar que não se compreende a “política internacional sem geopolítica e, especialmente, geopolítica sem geografia” (COSTA, 2015, p. 19). Henry Kissinger (2014), comentando o mesmo episódio da Criméia, enfatizou que as soluções para o impasse ucraniano exigiriam muita habilidade política. O que estava claro era o veto russo à expansão da OTAN. Na leitura de Kissinger, o desafio que se impunha era o de compatibilizar as considerações geopolíticas da Rússia com a vontade legítima da Ucrânia de exercer sua soberania, aliando-se estrategicamente aos países da União Europeia. Nessa equação, lembrava desatinadamente Kissinger, para se chegar a uma solução, todos perderiam. A estabilidade regional dependeria, portanto, de uma destreza político-diplomática em contornar as imposições da geopolítica, almejando, assim, alcançar um verdadeiro “equilíbrio de insatisfações”.

Mesmo em uma situação de guerra, como a que ocorre atualmente na Ucrânia, é um desafio pensar a conjuntura e seus desdobramentos a partir dos fatos cotidianos, do tempo rápido das negociações diplomáticas e das manobras militares. Por mais que o termo “geopolítica” apareça ao lado de análises realizadas no calor do momento, suas noções, conceitos e teorias remetem a outra dimensão da guerra, notadamente a de um tempo longo, ou a das causas estruturais que ajudam a compreender o fenômeno e a identificar algumas de suas tendências. Nesse sentido, quais seriam as possíveis implicações da atual Guerra na Ucrânia com base em algumas das noções e teorias geopolíticas?

Semelhante aos estudos da História, em que se diferencia as tendências de longo prazo, as conjunturas cíclicas e o tempo imediato dos acontecimentos; na Geopolítica, as escalas – local, nacional, regional e global – revelam dimensões próprias de análise. Elas não se confundem, mas se intercruzam. No caso da Guerra na Ucrânia, é notável que a lógica das operações militares russas se alicerça nas características do território ucraniano, estabelecendo, com base nas escalas local e nacional, as linhas de frentes dos ataques, as metas de conquista territorial e de controle sobre cidades e infraestruturas críticas. Do outro lado, a resistência ucraniana assenta-se, localmente, nos conhecimentos do terreno. Além disso, o governo de Volodymyr Zelensky busca sua sustentação em uma articulação, delicada e complexa, que mobiliza tanto o apoio regional, de Estados europeus, quanto o global, por meio da participação da OTAN, dos EUA e de alguns países aliados, com suas sanções monetário-financeiras e com o suporte, ainda que indireto, nos campos militar, logístico e informacional.

Noções e teorias da geopolítica

Mas, afora as escalas, em que as noções e teorias geopolíticas ajudariam a pensar as causas estruturais que ampliam a complexidade do caso ucraniano? Há pelo menos quatro noções e uma proposta que aparecem, há mais de um século, no vocábulo das principais análises e teorias geopolíticas, sobretudo nas de matriz anglo-saxã: pivot area, heartland, rimland e shatterbelt, quase sempre seguidas de propostas políticas de reordenamento territorial a partir de buffer zones.

Halford Mackinder, no início do século XX, formulou uma teoria sobre a influência das condições geográficas na distribuição do poder mundial. Partindo da constatação do mundo como um sistema político fechado, Mackinder considerava que as potências marítimas, como a Inglaterra, poderiam ser suplantadas pela ascensão de um poder terrestre. Ele, no auge do Império Britânico, lembrava que a história da Europa era, geograficamente, subordinada às pressões de potências da Ásia. Na visão de Mackinder, haveria uma pivot area que impactaria em todas as grandes transformações na hierarquia de poder no sistema internacional. Tratava-se de uma porção do território euroasiático que abarcava parte da Europa Central e parte do território russo. Ele passou a chamar essa área geográfica singular de heartland, em 1919, e aprofundou as explicações sobre o peso da geografia na história da distribuição de poder mundial. O heartland reunia a condição basilar de ser: i) uma grande extensão territorial contigua e pouco acidentada; ii) um grande reservatório de recursos energéticos, minerais e de terras agricultáveis; iii) uma fortaleza natural, com profundidade estratégica, sendo um espaço de difícil conquista externa por potências marítimas.

Mackinder sustentava, portanto, que o período do expansionismo territorial europeu, com o predomínio do poder marítimo, haveria terminado. A partir então, predominaria as disputas do tipo soma zero. Reemergiria, em bases modernas, a rivalidade secular entre poder marítimo e poder terrestre. Mackinder (1919) conseguiu sumarizar o maior de todos os temores à política de equilíbrio de poder continental, permanentemente patrocinada pelas potências marítimas, seja a Inglaterra, no século XIX, ou os EUA, no XX, a saber: a hipótese de conquista da Alemanha pela Rússia, ou vice-versa. Como assessor do Reino Unido nas negociações após a 1ª Guerra Mundial, Mackinder havia proposto uma buffer zone, mediante a criação de Estados tampões na Europa Central, de norte ao sul, entre o Mar Báltico e o Mar Adriático. O intuito político era evitar o enfrentamento ou a aliança entre a Alemanha e a Rússia. Os Tratados de Paz de Versalhes (1919), Saint Germain (1919) e Triannon (1920), entretanto, pouco contribuíram para neutralizar as disputas territoriais na Europa Central. Anos depois, Alemanha iniciava, em 1938, uma expansão à leste, em direção ao heartland, precipitando a Segunda Guerra Mundial.

A geopolítica dos Estados-Tampões, 1919

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Fonte: Mackinder, 1919, p. 115

Mackinder forneceu, nas linhas gerais de sua teoria do poder terrestre, um quadro analítico ímpar, antecipando os marcos da disputa no âmbito da Guerra Fria. O poder marítimo dos Estados Unidos, com capacidade de projeção nas bordas da Eurásia, em contraposição ao poder terrestre da URSS, que dominava o heartland, e buscava ampliar as zonas de influências nas porções marginais da Ilha Mundo.

Do outro lado do Atlântico, Alfred Mahan e Nicholas Spykman forneceram inigualáveis contribuições geopolíticas à política externa e à de defesa dos EUA. Se o primeiro lançou as bases do poder marítimo e de uma estratégia de “defesa ofensiva” aos EUA, Nicholas Spykman foi um dos mais influentes nomes no delineamento da política norte-americana durante a Guerra Fria. Na perspectiva de Spykman, a anarquia do sistema internacional compelia os Estados a buscarem ampliarem suas margens relativas de poder. Nesse cálculo, não haveria espaço para o princípio de equilíbrio de poder baseado na estratégia de dissuasão e de redução de assimetrias. As potências buscariam somente um “equilíbrio”, justamente aquele que amplia as suas próprias margens de poder relativo.

De acordo com Spykman, a integridade territorial e a segurança dos EUA demandariam uma postura política mais assertiva de seus governos, a fim de assegurar seus interesses nas diferentes regiões do globo. Tendo por base a formulação de Mackinder, Spykman considerava as disputas de poder na Eurásia eram centrais, opondo poder terrestre e poder marítimo. Na sua visão, regiões marginais ao heartland teriam a precedência no cálculo de poder global. Seriam, portanto, do rimland que poderia surgir uma potência, ou alianças de Estados, com capacidade de projeção de poder marítimo e terrestre. Spykman preconizava, assim, que o rimland constituiria a primeira linha de defesa de uma política de segurança global dos EUA. Os conselhos diplomáticos de George Kennan (1947) se somaram às formulações de Spykman para moldar a estratégia de contenção dos EUA na Guerra Fria. Tais concepções defendiam a possibilidade de intervenções militares para a manutenção do equilíbrio de poder ao longo do rimland, bem como serviam de referência teórica à criação de uma rede organizações e alianças militares, dando origem a própria OTAN (1949); e suas versões regionais, como a OTASE (1954), no sudeste asiático; e a CENTO (1955) no Oriente Médio.

Geopolítica do Rimland de Spykman e o cerco à Eurasia

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Fonte: Spykman (1942, p.180)

Nos anos da Guerra Fria, tanto acadêmicos quanto assessores de governo recorriam à geopolítica para analisar as conjunturas ou para justificar algumas das escolhas de política externa. Nos EUA, Henry Kissinger e Zbigniew Brzezinski foram alguns deles. Como leitor atento das contribuições clássicas, Brzezinski creditava a essa faixa territorial, ao mesmo rimland de Spykman, a localização das principais áreas pivô que compunham às frentes basilares da geoestratégia global dos EUA. Na Europa Central, por exemplo, estaria um perímetro de segurança militar. Atualizando sua leitura da ordem internacional pós-Guerra Fria, Brzezinski afirmaria que, mesmo com o colapso da URSS, a Ucrânia teria uma posição central na Europa Central. Nesse sentido, a Ucrânia deveria ser resguardada pela política de segurança e defesa dos EUA. Em seu argumento, sem a Ucrânia, a Rússia teria limitada sua capacidade de reeditar sua condição de potência, com poder e prestígio, mas com a Ucrânia em sua zona de influência, a Rússia reuniria as condições para voltar a ser um império (BRZEZINSKI, 1997, p. 46).

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Se pivot area, heartland e rimland são termos usuais às principais teorias da geopolítica, o que dizer a respeito dos shatterbelts? Saul Cohen, relendo o sistema internacional dos anos noventa, propôs uma regionalização com a base na hierarquia de poder entre Estados-chave e regiões. Os shatterbelts corresponderiam as extensas áreas geográficas ocupadas por Estados nacionais em conflitos, marcados tanto por fortes divisões políticas internas quanto pelas disputas externas envolvendo potências.

No mapa geopolítico de Saul Cohen (2015) há dois núcleos geoestratégicos. Um seria ocupado pelos EUA, única grande potência marítima global; e outro, o núcleo geoestratégico continental, ocupado prioritariamente por Rússia, China e Índia. Além disso, sua regionalização pressupõe a existência de regiões geopolíticas, que são moldadas pelas interações políticas, econômicas, culturais e militares com as potências-chave de cada núcleo. Desdobra-se, por exemplo, as relações dos EUA, com as regiões geopolíticas do Caribe, América do Sul, África Subsaariana, Europa e Magreb, além de Estados da Ásia e do Pacífico Sul. Do núcleo euroasiático, as posições de potência continental da Rússia e de potências anfíbias da China e Índia. Das áreas de embates entre esses núcleos, despontariam Estados situados em zonas geopolíticas fragmentadas, em que as principais disputas envolvem as posições de potências externas, são os shatterbelts, como nos casos do Oriente Médio, Asia Central e Europa Central.

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Delineia-se dessa primeira leitura, com ênfase em uma escala de análise que realça os movimentos de longo prazo e a competição geopolítica entre potências, que a Ucrânia ocupa um espaço geográfico, marcado pelo domínio de uma potência, a Rússia, mas cujos limites fronteiriços à oeste a mergulham em uma histórica zona de fratura geopolítica, de um shatterbelt. De acordo com os argumentos de Saul Cohen (2015), se Rússia e União Europeia pudessem chegar a um consenso a respeito do futuro estratégico da Ucrânia, esta poderia exercer a condição de um gateway, uma espécie de Estado-ponte, que reuniria possibilidades, mediante hábil balacing act, de responder às demandas dos dois lados. Uma conclusão geopolítica não tão distante daquela de Mackinder que, no início do século XX, propunha a criação de uma buffer zone, visando neutralizar as guerras ou alianças entre as potências da Europa e a potência que ocupava o heartland.

Implicações geopolíticas da Guerra na Ucrânia

Frente ao exposto, quais seriam as possíveis implicações geopolíticas da Guerra na Ucrânia? Talvez o primeiro ponto seja salientar a tradição de pensamento geopolítico nos debates sobre política internacional. Logo, as relações entre espaço e poder, território e política, continuam como centrais à análise sobre questões de defesa e segurança internacional. Na guerra, o território permanece como uma dimensão incontornável das relações sociais e das disputas de poder entres Estados. Na história da Rússia, por exemplo, a profundidade estratégica foi reiteradamente uma aliada. A localização de Moscou sempre representou um desafio logístico e operacional às estratégias ofensivas de qualquer potência invasora. No plano dos objetivos políticos russos, postos à mesa desde o início desta guerra, está o de assegurar, no plano tático-operacional, essa profundidade estratégica à Moscou. Daí a insistência russa quanto à “desmilitarização da Ucrânia” e ao veto à expansão da OTAN.

Colocando em relevo as grandes potências, sobretudo a competição geopolítica de longo prazo entre EUA e Rússia, considera-se que dificilmente a Rússia recuará de seus propósitos de reconduzir a Ucrânia à sua zona influência ou mesmo de reincorporar partes significativas de seu território, como já ocorre, desde 2014, com a Criméia. E que, agora, se intensifica com a “operação militar especial” para assegurar os pedidos de independência das províncias de Luhansk e Donestsk, na região do Donbass. Tal postura tende a se manter, mesmo a Rússia arcando com as pesadas sanções monetário-financeiras dos EUA e demais aliados. Como argumenta Karaganov (2022), a Rússia busca reconstruir um sistema de segurança na Europa que seja viável aos seus interesses nacionais.

Do lado dos EUA, o raciocínio com base nos clássicos da geopolítica sugere que o imperativo geoestratégico norte-americano continuará a impedir a ascensão de uma potência capaz de exercer qualquer tipo de liderança hegemônica no rimland, desafiando sua supremacia marítima e sua vantagem militar estratégica. Dito de outro modo, os EUA continuarão a fomentar sua presença militar na Europa e no Leste da Ásia, prioritariamente com aliança militares, como a OTAN e a AUKUS2, ou iniciativas, tipo QUAD4, ou com acordos bilaterais. Mesmo que se aumentem, em futuro hoje imprevisível, os espaços de cooperação política e de interdependência econômica entre EUA e Rússia, ou entre EUA e China, isso não sugere, à luz da fria e impertinente geopolítica, que os norte-americanos abandonarão a sua presença militar na Europa, ou os seus acordos, no campo da segurança e defesa, com o Japão e a Austrália.

A geopolítica não determina a política de um Estado, longe disso. De algumas de suas teorias fica a ingrata constatação de que negligenciá-la não é uma atitude prudente na política internacional. O risco é o de incorrer em avaliações conjunturais equivocadas, fomentadas por uma eficiência apressada. Como dizia Friedrich Ratzel, a política dos Estados não flutua no ar. A Guerra na Ucrânia tem alguns de seus fundamentos na história recente, em uma tentativa de revisão dos princípios e acordos de segurança que nortearam o estabelecimento das fronteiras nacionais com o fim da URSS. Todavia, o seu sentido estratégico aponta para o futuro. Por esse ângulo, ela não indica ser um ponto de exceção, mas sim um grande impasse, em solo europeu, de uma questão de difícil solução a curto e médio prazos. Trata-se de um marco que condensa e acelera as transformações políticas em direção a uma ordem internacional crescentemente multipolar, tendo EUA, Rússia e China como os princípios núcleos.

A Ucrânia, hoje, e Taiwan, talvez amanhã, constituem centros de tensão geopolítica de elevada importância global. Do primeiro, reemerge a noção de profundidade estratégica, que ficará cada vez mais em evidência, pois o território ainda importa, sobretudo no cálculo de poder das potências. Do segundo, Taiwan, aflora a noção de paciência estratégica, referência de tempo singular, tão funcional à ambição chinesa de ampliar sua projeção de poder no Pacífico. Por fim, é importante salientar que, atualmente, todas as grandes potências são, ao mesmo tempo, “estados-continentais” e “economias integradas aos fluxos internacionais de riqueza”. Caminha-se, ao que parece, para uma intensa competição geopolítica em múltiplas áreas, pressupondo o uso combinado de meios - econômicos, financeiros, tecnológicos, diplomáticos e militares – para reivindicar a primazia na definição de objetivos estratégicos e o direito de arbitrar sobre os princípios de segurança que vigoram em seus entornos geográficos imediatos. Trata-se de um mundo mais complexo, hierárquico e competitivo, cuja tendência de “desglobalização” reforça a importância de sistemas nacionais produtivos mais robustos e diversificados. 

 

1 MEARSHEIMER, John. The Causes and Consequences of the Ukraine Crisis. Presentation to University of Chicago Alumni, June 4, 2015
2 Aliança militar entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, anunciada em setembro de 2021.
3 Quadrilateral Security Dialogue, trata-se de fórum entre Austrália, Estados Unidos, Índia e Japão.

 

  1. BRZEZINSKI, Zbigniew. Game plan: a geostrategic framework for the conduct of the U.S. Soviet Contest. New York: Atlantic Montlhy Press, 1986.
  2. BRZEZINSKI, Z. K. The grand chessboard: American primacy and its geostrategic imperatives. New York: Basic Books, 1997.
  3. COHEN, S. B. Geopolitics: the geography of international relations. Lanham, MD: Rowman & Littlefield, 2015.
  4. COSTA, Wanderley M. “O reerguimento da Rússia, os EUA/OTAN e a crise da Ucrânia: a Geopolítica da nova Ordem Mundial”. Confins, n. 25. 2015.
  5. FARIAS, Hélio C. “Aspectos Geopolíticos da Guerra do Futuro e desafios brasileiros”. In: FRANCO-AZEVEDO, Carlos; RAMOS, Carlos. Estudos de defesa: Inovação, estratégia e desenvolvimento industrial. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 2022.
  6. FIORI, José L. Poder Global e a nova geopolítica das nações. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007.
  7. FIORI, José L. “A crise da Ucrânia e o acordo entre Rússia e China”. São Paulo. Blog da Boitempo. 2022. Acesso: https://blogdaboitempo.com.br/2022/02/24/a-crise-da-ucrania-e-o-acordo-entre-russia-e-china/2022
  8. KARAGANOV, Sergei. “It Is Not About Ukraine”. In: Russia in Global Affairs, 2022. Acesso: https://eng.globalaffairs.ru/articles/it-is-not-about-ukraine/
  9. KENNAN, George (1947). “The Sources of Soviet Conduct”. In: Tuathail, Gearóid. et al. The geopolitics reader. London and New York: Routledge, 1998.
  10. KISSINGER, Henry. “To settle the Ukraine crisis, start at the end”. The Washington Post, v. 5, n. 03, 2014.
  11. MACKINDER, Halford. Democratic Ideals and Reality: a study in the Politics of Reconstruction. Washington: National Defense University. 1919.
  12. SPYKMAN, Nicholas. America's strategy in world politics: the United States and the balance of power. Transaction Publishers, 1942.
  13. WOLF, Martin. “A new world of currency disorder looms”. Financial Times. 29 de março de 2022. Acesso: https://www.ft.com/content/f18cf835-02a0-44ff-875f-7de7facba54e

 

Rio de Janeiro - RJ, 20 de abril de 2022.


Como citar este documento:
Farias, Hélio Caetano. Geopolítica e Guerra na Ucrânia: algumas considerações. Observatório Militar da Praia Vermelha. ECEME: Rio de Janeiro. 2022.  

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